Em audiência ocorrida na manhã desta quarta-feira (02), no Salão Nobre da Reitoria da UFPI, representações da ADUFPI, SINTUFPI, DCE e APG por meio de uma comissão apresentaram à Administração Superior um conjunto de reivindicações que postulam as considerações da comunidade acadêmica no que se refere ao retorno gradativo de atividades presenciais na universidade.
Primeiramente, a comissão fez a entrega do ofício em que solicita o deferimento do documento para apreciação dos órgãos deliberativos da instituição. Após apresentação e discussão do documento, a Administração Superior recebeu as reivindicações e as propostas para alteração do Protocolo Geral de Biossegurança da UFPI a fim de que as devidas adequações sejam feitas.
” Por uma questão de vida ou morte, faremos as adequações necessárias na resolução, inclusive exigindo a certificação vacinal para que haja um retorno gradual e seguro”, declarou o Reitor da UFPI.
Para a Presidenta da ADUFPI, Professora Marli Clementino: Um retorno seguro deve garantir além de parâmetros de biossegurança coerentes à realidade pandêmica, que envolve certificação vacinal, ou o chamado passaporte, um conjunto de ações a respeito de adequações das instalações físicas para que discentes, docentes, técnicos administrativos e a comunidade em geral possa participar das atividades acadêmicas em segurança.
O docente Vítor Sandes, explicitou que o documento foi fruto de um trabalho árduo e apresentou os principais pontos reivindicados pela comissão, dentre eles, a obrigatoriedade da certificação vacinal bem como a distribuição de EPIs para comunidade, e também a adequação dos protocolos da instituição para torná-los mais claros e objetivos nas suas orientações. Portanto, é fundamental elucidar o passo a passo de todas as etapas da retomada gradativa, inclusive, voltada para visitantes e usuários das clínicas e serviços hospitalares da UFPI.
O Professor Marttem Santana destacou que o protocolo precisa ser lido por todas as pessoas, incluindo visitantes e usuários dos serviços da UFPI. A redação do texto precisa ser mais enfática neste sentido, pois temos na universidade pessoas que utilizam os espaços da instituição em suas variadas instâncias.
O Presidente do SINTUFPI, Francisco Bezerra Teixeira, apontou questões que se referem, sobretudo, ao ponto eletrônico apontado como um facilitador de transmissão da Covid-19, e também o aumento de testes positivos dos servidores do sindicato no retorno ocorrido em janeiro, sendo necessário um plano de testagem e a sanitização dos espaços.
O estudante Paulo Giovani, representante do DCE, ponderou sobre a vulnerabilidade social da categoria discente e a importância da atuação da universidade em amparar o alunado, considerando as dificuldades para moradia, restaurante universitário, biblioteca e espaços de uso comum na UFPI.
Cássio Borges, estudante da pós-graduação e presidente da APG (Associação de Pós-Graduandos), explicitou que o diálogo é a forma mais viável de garantir um retorno seguro para toda comunidade, e isso passa antes de mais nada, por entendimentos coletivos com os mais diversos segmentos que atuam diretamente na UFPI, buscando sempre entender as especificidades da universidade em um processo que requer, acima de tudo, abertura para um diálogo profícuo entre Administração Superior e a comunidade acadêmica.
Em relação a um dos pontos apresentados no documento referente as reformas estruturais, como adequação de ventilação cruzada, a Administração Superior declara: “Não tem condições de haver ventilação cruzada, porque para a universidade é financeiramente inviável, pois a mesma passa por dificuldades orçamentárias. O comitê irá avaliar e ver quais pontos podem ser acatados”.
Quanto ao RU e a Residência Universitária, a Administração Superior informou que não terá condições de reabrir a residência no momento, sob o argumento de que o protocolo exige que no caso de um único caso positivo de covid-19 nas dependências da residência, todo o espaço deverá ser desocupado para sanitização e a UFPI não dispõe de outro ambiente para abrigar o corpo discente. Será mantido o auxílio residência. O mesmo se aplica ao restaurante universitário, em que a viabilidade de abertura apresenta risco de contaminação. “Se abrirmos agora, seremos responsabilizados por disseminação do vírus, e por isso, iremos nos resguardar mais um tempo”.
Como encaminhamento, a Administração Superior se comprometeu em alterar a Resolução e exigir a Certificação Vacinal como critério para frequentar as atividades presenciais no âmbito da UFPI. Outro encaminhamento foi a constituição de uma comissão com representação da UFPI e ADUFPI para rever o protocolo geral de biossegurança.
Vale destacar que a Resolução Nº 187/2022 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) em vigência, regulamenta o processo híbrido de ensino e de aprendizagem para o retorno gradativo à presencialidade dos cursos de Graduação e Pós-Graduação da Universidade, não contempla em sua redação a exigência da certificação vacinal como obrigatório, assim como tem divulgado a instituição em seus meios de comunicação.
A ADUFPI, SINTUFPI, DCE e APG avaliam de maneira positiva o diálogo estabelecido com a reitoria, pois dessa forma, é possível considerar as demandas apresentadas pela comunidade acadêmica de forma mais ampla e transparente. A garantia de alteração na resolução, bem como, uma nova comissão para avaliar as condições de biossegurança representam um avanço nas tratativas quanto as atividades presenciais na instituição com segurança e condições dignas de frequentar a universidade. As entidades continuarão unidas para cobrar e fiscalizar as determinações por parte da Administração Superior, para que assim possam garantir a saúde e a vida de toda comunidade acadêmica.
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