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ADUFPI realiza Live “Perdas Salariais e a Conjuntura de Ataques à Classe Trabalhadora”

Na tarde desta terça-feira, dia 26 de abril de 2022, a ADUFPI realizou a Live “Perdas Salariais e a Conjuntura de Ataques à Classe Trabalhadora”. O momento aponta para a construção de lutas unificadas e com perspectivas de paralisação em resposta à negativa de negociação do Governo Federal com as categorias do funcionalismo público pela reposição salarial de 19,99%.

A live transmitida ao vivo pelo canal da ADUFPI no Youtube (@adufpi) contou com a participação de Atnágoras Lopes, integrante da secretaria executiva nacional da central sindical CSP-Conlutas, que compartilhou diversos pontos relevantes no que tange a conjuntura de ataques, precarizações e ato antidemocráticos.

Nos últimos três anos, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou piora nas negociações salariais. Em 2018, cerca de 9% das categorias negociaram salários abaixo da inflação, com um salto em 2021, quando esse índice chegou a 47%. Em 2022, até fevereiro, apenas 24% das categorias conseguiram ganhos reais, ou seja, acima da inflação.

Também esteve presente na discussão, o Professor Antônio Francisco Lopes Dias, docente da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), atual Coordenador de Comunicação do Sindicato dos Professores da UESPI (ADCESP) e membro da Executiva Estadual da CSP-Conlutas. O docente destaca que devemos fortalecer todos os esforços para barrar a onda de precarização e ataques direcionados aos trabalhadores. Unificar é a solução para defesa dos serviços públicos.

É importante que as categorias e a sociedade entendam que esse índice único de 19,99% é apenas emergencial. Se a inflação de 2022 repetir a do ano de 2021, o Governo Bolsonaro deixará uma defasagem de 25,77% nos salários dos servidores. E nesta conjuntura de abrandamento da pandemia de Covid-19, inflação alta, custo de vida encarecido, é de fundamental importância a construção de lutas unificadas pela reposição salarial para o funcionalismo público.

Em 2022, apenas 24% das categorias conseguiram reajuste acima da inflação. Os aumentos recebidos por categorias não resultam em ganhos reais, o que gera achatamento do poder de compra. Segundo o Dieese, apenas 15% das negociações em 2021 cobriram as perdas.