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Em audiência com parlamentares do Senado e da Câmara Federal de Deputados, a ADUFPI busca soluções para a URP e os cortes sofridos pela Ciência e Educação

Na busca por soluções que viabilizem a reintegração da Unidade de Referência de Preço (URP) , retirada indevidamente dos contracheques dos docentes da Universidade Federal do Piauí e Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPAR ,assim como, soluções para os cortes anunciados para Ciência e Educação , a Diretoria da ADUFPI,reuniu-se na manhã desta segunda-feira (30) com o Senador Marcelo Castro e o Deputado Merlong Solano a fim de apresentar e discutir possíveis soluções para este grave ataque aos direitos da categoria docente e ao funcionamento das universidades frente aos cortes anunciados.

 

A UFPI e a UFDPAR são as instituições de educação superior de maior número de docentes com esse direito conquistado, e que agora se evade de posicionar-se a favor de seus professores e professoras por meio de embargos que, em essência, prejudicam todo o processo judicial e o magistério piauiense.

 

Com espanto, o Senador Marcelo Castro recebeu a pauta noticiada e encaminhou para sua assessoria jurídica examinar e posicionar-se sobre a matéria. O senador afirmou ser importante a manutenção do direito ja adquirido visto que se trata de transitado e julgado.

 

Além do dilema apresentado sobre a reintegração da URP, a Diretoria do sindicato ainda apresentou a pauta dos cortes sofridos pela Educação e Ciência. A maioria dos recursos, de R $2,5 bilhões, é destinada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, gerado a partir do recolhimento de encargos e tributos destinados por força de Lei ao fundo de fomento da ciência.

 

Por sua vez, o Deputado Merlong Solano ao tomar conhecimento das pautas comenta que é necessário a criação de uma ampla frente em defesa da universidade pública e gratuita, tanto em nível nacional quanto em nível local, visto que a Universidade Federal do Piauí atende à multicampia nos campi de Bom Jesus, Floriano, Picos e em Parnaíba na Universidade Federal do Delta do Parnaíba. É preciso questionar a política governamental da Presidência da República visto que todos estes cortes e contingenciamentos são adotados deliberadamente pelo presidente Jair Bolsonaro. O retorno presencial deve acontecer sob o ponto de vista da biossegurança, do amparo à assistência estudantil, às condições de trabalho dignas e com uma infraestrutura que garanta sua funcionalidade e, principalmente, o respaldo e os investimentos na ciência e tecnologia.

 

Como encaminhamento, as pautas serão levadas ao gabinete do Senador Marcelo Castro em Brasília, para que sua equipe de assessores consiga avaliar o contraditório nestas questões e, desta forma, encadear lutas políticas para que se possa reverter o quadro de tomadas de direitos tanto do magistério quanto da Educação pública brasileira. Em âmbito local, as reivindicações serão colocadas na Câmara de Deputados para ampliação das discussões por parte dos parlamentares piauienses, a fim de que o retorno presencial seja garantido com segurança e respeito à categoria docente e discente, aos servidores técnicos e terceirizados que compõem a UFPI.

 

A ADUFPI, no cumprimento de suas diligências para proteger os direitos historicamente conquistados pela categoria docente, informa ao seu conjunto de associados (as) que manterá ativa todas as forças para lograr êxito no que se refere os ataques dirigidos à classe trabalhadora, ao exercício da docência e contra o sucateamento das universidades públicas federais. Continuaremos na construção da luta política coletiva para que juntos possamos reverter este triste cenário que fere de morte a autonomia das instituições públicas de ensino.