É com espanto que recebemos a notícia por meio da imprensa nacional sobre um suposto reajuste linear de 5%, que vem sendo divulgado nos meios de comunicação como uma proposta consolidada pela Presidência da República. Esta notícia foi anunciada sem comunicação oficial junto às categorias do funcionalismo público federal, logo em um momento no qual temos feito muitos esforços para sermos ouvidos e negociar nossa pauta, e no entanto, recebemos como resposta apenas que não haveria negociação.
O Fonasefe e Fonacate conjuntamente, enviaram solicitações de audiências com os responsáveis pelos três poderes , em decorrência das perdas salariais acumuladas, com o objetivo de realizar audiências para encaminhar as demandas da campanha salarial emergencial dos Servidores Públicos Federais. De forma preliminar, a Fenasps avalia que esta proposta de reajuste é insuficiente, e orienta que a greve no INSS e nos ministérios da Saúde e do Trabalho deve continuar!
As entidades enviaram um ofício ao Ministério da Economia, requerendo reposição de 19% (As perdas inflacionárias dos servidores federais acumuladas desde 2017, para 80% dos servidores; e desde 2019, para os demais). O Presidente da República tem mentido para as categorias visto que a Lei Complementar 173/2020 impediu reajustes para além do mandato do governante atual. Reajuste em 2023 é uma promessa irrealizável.
O governo Bolsonaro está envolvido em inúmeras denúncias de corrupção e malversação de recursos como os casos demonstrados na CPI da COVID, os escândalos e denúncias no MEC envolvendo o tráfico de influência de pastores apoiadores do (des)Presidente, a compra superfaturada de ônibus escolares, o benefício de empresas ligadas à políticos da base do governo e do centrão como o caso dos kit de robótica comprados a escolas que por vezes sequer tem água encanada.
Há ainda os gastos exorbitantes, tanto das Forças Armadas com itens como remédios para disfunção erétil, aplicações estéticas de botox, remédios para calvície e itens de alimentação e bebidas de luxo aos generais, quanto no cartão corporativo, e o governo ainda dá uma resposta cínica à sociedade colocando sigilo de 100 anos sobre agenda com pastores, nos gastos e permitindo ao “centrão” praticar todo tipo de fisiologismo prejudicando a função primordial do Serviço Público Federal como um todo.
Exigimos respeito! A ADUFPI conclama a categoria de docentes federais do Piauí para seguirmos na luta e convidamos todas as categorias do serviço público federal à continuar a construir a campanha salarial, construindo ou aumentando as greves e mobilizações, pressionando o governo e fortalecendo a Semana Nacional de Lutas em Brasília de 25 a 29 de abril, especialmente com paralisações das categorias que ainda não aderiram ao movimento paredista e atos conjuntos das categorias em greve e em mobilização pela justa recomposição salarial de quem serve ao Brasil.
Tem dinheiro pra viagra e para pastores,
Cadê o respeito aos servidores?