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É Lançada a Campanha Nacional de Reajuste Salarial Emergencial 2022 e pelo cumprimento do Piso Salarial da Educação Básica no Piauí

As entidades sindicais ADUFPI, SINDIFPI, SINDSERM, SINTRAJUFE, ANDES e CSP Conlutas, lançaram na manhã do dia 24, a Campanha Nacional de Reajuste Salarial Emergencial 2022 e pelo cumprimento do Piso Salarial da Educação Básica no Piauí.   As organizações reivindicam a reposição salarial para servidoras e servidores públicos das três esferas (Federal, Estadual e Municipal) ao qual do início do governo de Bolsonaro estão sem reajuste. Com perdas salariais desde 2011, as servidoras e os servidores acumulam uma defasagem nos salários de pelo menos 49,28%.  Em coalizão, as representações irão mobilizar atos nacionais unificados contra a política de congelamento salarial, e possivelmente deflagrar greve nacional, caso as negociações com o Governo Federal não avancem em favor das reivindicações das categorias.

 

A Presidenta da ADUFPI, Professora Marli Clementino, deu início a sessão saudando a mesa e elucidando que “um dos motivos pelos quais a categoria de docentes federais irão aderir a campanha nacional por reajuste salarial emergencial, se pauta no reflexo da precarização das condições de trabalho de todo magistério e também pelo adoecimento de professoras e professores durante o período pandêmico, e que sem as devidas providências por parte do Governo Federal, a campanha de reposição salarial em conjunto com atos nacionais e outras entidades representativas do funcionalismo público se faz urgente e necessária.

 

 

O Professor Gisvaldo Oliveira, representante do ANDES-SN reforça que: Estamos em campanha unificada pela reposição salarial desde o começo do ano de 2022. Sabemos que as perdas das servidoras e servidores públicos são históricas, mas queremos que de imediato seja garantido a reposição de 19,99% para os servidores federais, e dessa forma, seguirmos em luta pela recomposição histórica de nossas perdas salariais. Queremos fazer um chamado a toda categoria de docentes a se engajarem nessa luta conosco, seja na esfera Federal, Estadual e Municipal.

 

Alyne Sousa, representante regional do CSP Conlutas e do SINDIFPI, destacou que é “justo, necessário e urgente esse movimento pela recuperação das perdas salariais neste momento em que os índices de desemprego chegam a patamares preocupantes em nosso país. Precisamos nos unir, servidoras e servidores públicos federais, estaduais, municipais e também trabalhadores em situação de desempregado para reverter essa situação. Nossa base não irá se calar diante do governo Bolsonaro, nem iremos mais tolerar ver nossos salários esmagados.

 

A coletiva contou também com a presença do Professor Sinésio Soares, presidente do SINDSERM, representando os servidores públicos municipais da educação que seguem em greve há 18 dias lutando por um reajuste linear para a categoria. Em sua fala, o Professor Sinésio informou que “hoje, vamos dar entrada no Ministério Público Estadual e Federal com uma ação de improbidade administrativa contra a Prefeitura Municipal de Teresina, solicitando que se cumpra a Lei Federal n°11.738”. A lei regulamenta o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.

 

Pedro Laurentino, Presidente do SINTRAJUFE reforçou que “não existe saída para este momento de forma isolada e individual. A saída deve ser coletiva. 19,99% não repõe nossas perdas históricas, mas repõe as perdas advindas a partir do Governo Bolsonaro que pretende conceder reajuste apenas para os setores armados, como a Polícia Federal e Rodoviária, deixando de fora mais de 90% de todo funcionalismo público. Em breve, nós do SINTRAJUFE também iremos deflagrar a nossa greve. Precisamos ir às ruas, pois é somente nas ruas onde temos um poder maior de definição da luta política e de classe”.

 

Osmar Alencar Júnior, Coordenador da Regional ADUFPI de Parnaíba da Universidade do Delta do Parnaíba (UFDPAR), acrescentou que “não podemos mais tergiversar visto que estamos imersos em uma crise econômica com mais 15 milhões de desempregados no país, ou seja, trabalhadores sem renda. Sem contar com os milhões de brasileiros na informalidade, trabalhando em condições análogas à escravização. O governo nesse momento quer continuar passando a boiada através das reformas administrativas no qual será imposta por meio da PEC 32. Um governo que quer acabar com qualquer oportunidade de uma educação pública de qualidade para o filho do trabalhador. Somos nós que estamos sustentando a educação neste país. Nossa luta irá se unificar”.

 

Finalizando a mesa, o Professor Romildo de Castro Araújo, representante da Regional ADUFPI de Picos, encerrou a coletiva destacando que “estamos aqui para construir essa unidade do conjunto de servidores, pois, estamos em um momento em que o governo ameaça acabar com o servidor público. Devemos começar nossa mobilização de campanha salarial emergencial comunicando à sociedade o que é o projeto da PEC 32, que representa o desmonte e a privatização dos serviços públicos essenciais. Temos que impedir a aprovação dessa PEC. Queremos dizer também, que na UFPI somos nós quem praticamente financiamos, às nossas custas, o ensino remoto. Vamos caminhar de forma unificada para construir essa luta que também é de toda sociedade”.

 

Você que é servidora e servidor público, nos ajude a ampliar a luta contra o congelamento salarial.