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Colégio Técnico de Teresina- UFPI- 68 anos: uma história de conquistas, desafios e possibilidades…

E para finalizar o mês de Maio, a ADUFPI homenageia os 68 anos do Colégio Técnico de Teresina – CTT. Acompanhe a trajetória dessa importante referência educacional na história do Piauí.

 

Julinete V. Castelo Branco

 

No mês de maio, o Colégio Técnico de Teresina registra sua longa jornada de 68 anos na história do Piauí, reafirmando sua marca na história da educação piauiense.   É importante enfatizar que essa trajetória iniciou, oficialmente, com a consolidação do Projeto da Escola Agrotécnica de Teresina (EAT), em 1954, porém, desde o início dessa década, já havia uma inquietação política em torno das discussões e anseios pelo tema agrário no Piauí e com o fortalecimento dessa discussão a  EAT foi instalada, à época como parte da rede federal de escolas agrícolas criadas no país.

Nesse sentido, a EAT concentrou interesses do Governo Estadual e Federal em implantar esse modelo escolar no sistema educacional piauiense, o desejo dessa instituição passou a incorporar o significado de uma realidade educacional e econômica mais próspera para o Estado. Com esse intuito, o ensino agrotécnico, nesse projeto, buscou simbolizar um divisor de águas para a agricultura piauiense e, assim, apresentar a perspectiva de um futuro promissor para a grande maioria de jovens que viviam no interior e precisavam deslocar-se para continuar os estudos na capital do Estado.

Em 1964, com as mudanças políticas que ocorriam, a instituição foi inaugurada sob uma nova denominação, Colégio Agrícola de Teresina. Nessa travessia inicial, o Colégio vivenciou três etapas distintas e importantes em sua história.  Inicialmente, a criação e lançamento da Pedra Fundamental, em 1954, logo subordinada ao Ministério da Agricultura e sob a direção de Carlos Estevam Pires Rebelo. A Segunda etapa, em 1964, um novo momento, com a formação de mestres agrícolas e, posteriormente, em 1967, quando o CAT passa a ser regulamentado pelo DEM, (Departamento de Ensino Médio), com a transferência para o Ministério da Educação.  Assim, em 1969, a instituição passa a promover o modelo de Educação Básica aliada ao curso Técnico Agrícola, em nível médio.

Outra importante mudança surge com a publicação do Decreto n. 78.672  de 5 de novembro de 1976, que estabeleceu  a transferência do CAT para  FUFPI, sob a condição dessa instituição  continuar formando técnicos de nível médio. E, nesse mesmo ano, o Curso Técnico Agrícola foi modificado para uma nova modalidade Técnico em Agropecuária. Destaca-se, contudo,  que essa instituição, ao longo do tempo, buscou e continuou a realizar um significativo papel na educação piauiense, representando um importante lócus de conhecimento das práticas agrárias vinculadas ao Ensino Básico.

Com a chegada dos anos 2000, surgiram novos projetos para o CTT-UFPI, que ampliou sua proposta educacional técnica e implantou o ensino das áreas de Enfermagem e de Informática, incentivando também estudos e práticas de saúde e de tecnologia. O que levou a instituição à uma nova mudança na sua nomenclatura, quando, posteriormente, passou a denominar-se Colégio Técnico de Teresina. Ao seu projeto inicial foram acrescentadas várias reformas, com a ampliação do seu plano arquitetônico, ocorrida nos meados dessa última década, com a instalação de diversos laboratórios, quando a instituição  buscou acompanhar a proposta de Ensino, Pesquisa e Extensão promovida pela UFPI  e, mais recentemente, em 2018, outra mudança surgia com a abertura dos primeiros cursos em nível de Pós-Graduação.

Portanto, com uma longa história educacional, apesar dos inúmeros desafios que a educação atravessou e atravessa, sobretudo, nos últimos anos, envolta ao difícil cenário  de pandemia COVID-19, o CTT continuou a receber e  formar  jovens oriundos de várias cidades do PI e MA e,  aos 68 anos, a instituição segue uma importante e desafiante trilha na educação  e na história piauiense, como um espaço educacional de múltiplas significações, histórias, memórias e possibilidades.

PROFª de HISTÓRIA- CTT/UFPI. Doutora em História. Diretora da Secretaria Geral- ADUFPI. Autora do Livro Entre Trilhas e Veredas  e Organizadora dos Livros: Histórias em Poliedros- Cidade, Cultura e Memória e Educação, Ruralidades e Cidadania: reflexões e conexões em tempos de pandemia.