Na tarde dessa quarta-feira, 7 de julho de 2021, a ADUFPI realizou sua quarta plenária de discussão e mapeamento de demandas da categoria com docentes do Centro de Ciências da Natureza – CCN.
A Presidenta da sindicato, Prof. Marli Clementino deu início a sessão saudando os docentes presentes e elucidando que as razões pelas quais estão sendo realizadas estas atividades se justifica pela construção de uma pauta coletiva de lutas a partir das demandas de cada centro.
Um possível retorno presencial de atividades tem sido o ponto de conexão de maior incidência nas discussões por centros. A categoria entende que as questões de biossegurança precisam de um destaque maior, bem como, uma transparência de ações participativas mais abrangentes, tendo em vista as particularidades que cada centro de ensino da UFPI apresenta em suas composições.
Os docentes criticam a maneira como a comunicação institucional da Administração Superior está sendo feita, principalmente no que tange o calendário acadêmico e suas resoluções. Os mesmos relatam que devida a uma comunicação precária, acabam por fazer ofertas de disciplinas sem terem uma confirmação de como será o calendário acadêmico, o que expõe uma fragilidade no diálogo direto com a reitoria e suas coordenações.
Um dos principais pontos de discussão pautou-se a respeito das resoluções que determinam a progressão funcional da carreira docente na UFPI. A categoria destaca que há a necessidade de um diálogo mais aprofundado sobre as resoluções, pois, existem, atualmente três resoluções que tratam da matéria. Uma do ano de 1992, outra que trata especificamente da progressão funcional para professor associado, e uma outra resolução para progressão de professor titular. Sobre este quesito, foi relatado que no ano de 2019, uma comissão foi formada com a incumbência de reavaliar e reestruturar uma redação para uma nova resolução de progressão na qual incidisse uniformidade entre as normas para cada progressão. A mesma está pronta há pelo menos dois anos, e como sugestão, a categoria propôs que este documento seja posto em discussão no próximo CONSUN e encaminhado as tratativas a respeito da matéria o quanto antes.
Também foi relatado uma demanda específica dos docentes das áreas exatas no qual os mesmos enfrentam dificuldades na hora de aplicar provas e atividades pelo sistema do SIGAA. Atualmente a plataforma utilizada não permite, por exemplo, a aplicação de fórmulas para resolução de cálculos, o que inviabiliza e torna ainda mais dificil os processos de aprendizagens e metodologias aplicadas devido a uma falta de atualização do sistema. Foi realizada uma reunião com a STI (Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) – UFPI), em que um modelo de atualização do sistema seria implementado para sanar a questão, porém, até agora não houve retorno da Administração Superior quanto a pauta.
Outra demanda bastante citada refere-se ao fato de que a oferta disciplinas em algumas coordenações estão sendo cortadas em virtude da escassez de professores substitutos. Foi sugerido como forma de otimizar essas questões, que outros departamentos e coordenações também disponibilizem ofertas de disciplinas de outros cursos e que a distribuição da carga horaria dos professores seja mais transparente, pois uma vez que, as disciplinas são canceladas devido à falta de professores, quem mais acaba sendo prejudicado são os alunos. De acordo com alguns presentes, uma distribuição de carga horaria docente mais transparente como forma de fazer um aproveitamento de esforços de um departamento juntamente com outros, incentivando assim métodos interdisciplinares entre os cursos e centros de ensino da UFPI seria benéfico para todos.
Os presentes destacaram que enfrentam problemas com a condução de pesquisas devido a infraestrutura requerida não estar disponível na Universidade, assim como por condições de trabalho dignas, visto que tem sido oneroso para categoria arcar com custos extras dentro do regime de trabalho remoto, tanto no que se refere ao suporte tecnológico quanto a aquisição de aparelhos e eletrônicos para ministrar aulas sem auxílios da instituição de ensino. Outra queixa é refere a falta de segurança patrimonial nas dependências da universidade.
A Diretoria da ADUFPI, no exercício de suas funções, escutou atentamente todas as demandas apresentadas pelos docentes e fez o registro de cada uma delas. Informamos que seguiremos em diálogo constante com a categoria visando lograr soluções para as questões apresentadas.
A realização das plenárias por centros da UFPI seguirá seu cronograma e já tem sua próxima data de realização agendada. Amanhã, dia 8 de julho, às 10h será a vez de dialogar com docentes do Centro de Ciências Agrárias – CCA, e do Colégio Técnico de Teresina – CTT. A reunião será feita de forma remota, via plataforma Zoom. Sua participação é muito importante para o levantamento de demandas referentes a cada centro de ensino da universidade.
Contamos com a presença de todas e todos.
ADUFPI EM TEMPOS DE LUTA.