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Presidenta da ADUFPI concede entrevista sobre os cortes na ciência e tecnologia.

Com os cortes, a verba passa de R $690 milhões para apenas R $89 milhões. A decisão partiu do Ministério da Economia.

Na manhã desta segunda-feira (11), a Presidenta da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí – ADUFPI, Professora Drª Marli Clementino concedeu entrevista à Rede Meio Norte de Comunicação a respeito dos cortes para a pasta da Ciência e Tecnologia, anunciados pelo Governo Federal, na última sexta-feira, dia 8 de outubro.

Questionada sobre o impacto dos cortes para a Universidade Federal pela jornalista Cinthia Lages, a presidenta da ADUFPI afirma que ” a pesquisa e a iniciativa científica estão diretamente ligadas ao desenvolvimento de toda uma sociedade. Atacar e fragilizar essas instâncias em um momento no qual o que mais se precisa é de desenvolvimento tecnológico e científico, certamente, não é benéfico para o Brasil tendo em vista a situação que o país vivencia. São as instituições de ensino superior por meio de suas pesquisas que têm garantido a continuidade, e a produção de conhecimentos para mitigar os efeitos sofridos pela pandemia. Retirar essas verbas é um agravante ”, comenta a professora.

O Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou a redução de 87% de sua verba, pegando de surpresa os milhares de pesquisadores que contavam com os recursos para continuar estudos nas mais diversas áreas. A modificação do PLN 16, feita na última hora, no dia 8 de setembro, pela Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional, atendendo a ofício enviado ontem pelo Ministro da Economia, subtrai os recursos destinados a bolsas e apoio à pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e impossibilita projetos já agendados pelo CNPq. É um golpe duro na ciência e na inovação, que prejudica o desenvolvimento nacional. E que caminha na direção contrária da Lei 177/2021, aprovada por ampla maioria pelo Congresso Nacional.

No que se refere a UFPI, os investimentos para a pesquisa caíram de R$ 6 milhões para R$ 4,8 milhões. Só este ano a universidade teve uma subtração de 20 milhões em seu orçamento geral para este ano, o que acarretou na diminuição de bolsas científicas de fomento à pesquisa.

A ADUFPI, sindicato comprometido com a ciência e a produção de conhecimentos, rechaça a determinação do Ministério da Economia, por entender que sem incentivos e amparo às pesquisas, principalmente, quem mais tem a perder é a sociedade brasileira como um todo com essa deliberação . A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí, continuará seu trabalho de base para construir e pautar lutas coletivas com o objetivo de reverter o quadro de precarização instaurado pelo Governo Federal. Não aos cortes da ciência e tecnologia. Ciência salva vidas.

ADUFPI em tempos de luta!