A ADUFPI vem publicamente prestar solidariedade à Professora Doutora Juliana Cavalcanti (@juliana_cavalcantu_14), que, no último dia 18 de abril, sofreu, junto a seu esposo, ameaças de morte e ofensas pessoais nas redes sociais por parte de grupos reacionários e autoritários.
A historiadora Juliana Cavalcanti é uma conceituada e respeitada pesquisadora dos cristianismos dos primeiros séculos no Brasil com uma profusa e abrangente atuação na divulgação do conhecimento histórico por meio das redes sociais. Em seus canais no Youtube e Instagram, seus vídeos e postagens contribuem, de modo responsável e proficiente, para a formação de uma consciência histórica que questiona construções discursivas presentes no senso comum, por meio de aportes teórico-metodológicos das ciências humanas.
A pesquisadora divulga, em seus produtos midiáticos, a pluralidade de perspectivas historiográficas que incidem sobre textos cristãos, sobretudo do chamado Novo Testamento, em contraste com posicionamentos convencionais assumidos por muitas denominações religiosas, empenhadas na defesa de suas fórmulas de fé.
Também lembramos que os ataques desferidos contra a Profa. Dra. Juliana Cavalcanti e seu esposo se inserem no ambiente daquilo que Umberto Eco denominou de ‘fascismo eterno’, no qual o conhecimento, o diálogo, a crítica e a liberdade de pensamento são agredidos pelo obscurantismo, pela intolerância, pelo preconceito e pelo ódio.
A ADUFPI repudia, na condição de sindicato de professores universitários da Universidade Federal do Piauí, qualquer forma de violência e de tentativa de silenciamento da pesquisa e do conhecimento. Não podemos e não somos coniventes com atitudes hostis, desmedidas e criminosas contra a Universidade e seus pesquisadores.