Na manhã do dia 29 de agosto de 2022, em caminhada pelo campus Ministro Reis Velloso na UFDPAR, representantes dos(as) docentes e discentes convidavam a comunidade universitária para a assembleia da ADUFPI Regional Parnaíba, que seria realizada às 15 horas da tarde daquele mesmo dia. Percorremos o campus, acessando as salas de aulas dos cursos de Medicina, Psicologia, Matemática, Biomedicina, Fisioterapia, Biologia, Engenharia de Pesca e os espaços de gestão, sem nenhum tipo de constrangimento, distribuindo panfletos e dialogando com os(as) docentes, discentes e técnicos(as) administrativos(as) sobre os motivos e objetivos da assembleia dos(as) docentes da UFDPAR.
Ao chegarmos no prédio do curso de Medicina, no andar em que estão localizados os espaços ocupados pela gestão da universidade, a mesma rotina foi praticada: entramos com permissão daqueles(as) que estavam internamente nos espaços, distribuímos panfletos com a pauta da assembleia e dialogamos com os(as) servidores(as), nas Pró-Reitorias de Pesquisa e de Extensão, sem nenhum tipo de animosidade e truculência; pelo contrário, com boa receptividade.
No entanto, ao adentrarmos à Pró-Reitoria de Administração (PRAD), com o mesmo procedimento anterior, distribuindo panfletos e dialogando com os(as) servidores(as) do setor sobre os motivos e objetivos da assembleia, fomos surpreendidos(as) pela chegada do Pró-Reitor Mário Fernandes Lima, que, de forma autoritária e com tom de voz elevado, se dirigiu a mim, tentando impedir a ação sindical de divulgação e de convite aos(às) técnicos(as) administrativos(as) para a referida assembleia, ao mesmo tempo em que abriu a porta da sala para nos expulsar do espaço da gestão, expressando ser dono daquele espaço público. Nesse momento, reagi firmemente contra o mandonismo e não permiti que o gestor impedisse a divulgação e intimidasse a equipe com sua tentativa de coação. Sua atitude foi um flagrante atentado à prática sindical,bem como se configurou assédio moral, pois utilizou-se do cargo para coagir docente do curso de Ciências Econômicas da UFDPAR.
Além de configurar prática antissindical e coação de servidor em seu ambiente de trabalho, Mário Fernandes, de forma ardilosa, publicizou uma nota nas redes sociais fazendo diversas ilações sobre o ocorrido, tentando me coagir e criminalizar. Ademais, no dia 30 de agosto de 2022, solicitou ao Reitor Pró-Tempore, via memorando eletrônico nº 87/2022, apuração de suposto crime cometido por mim, exatamente um dia depois da assembleia apresentar uma série de denúncias contra a gestão da UFDPAR, sendo duas delas diretamente relacionadas à gestão da PRAD.
Mais um ataque à democracia na UFDPAR, ocorrido na semana passada e que repercutiu nacionalmente, foi a tentativa de prender um discente na sala de aula ministrada pelo Prof. João Paulo Macedo (também coordenador da ADUFPI Regional Parnaíba), sob a falsa acusação de pichação; o que agora se repete com a busca por criminalizar um docente coordenador da ADUFPI também, por ter enfrentado a truculência e o autoritarismo do servidor Mário Fernandes, Pró-Reitor de Administração da UFDPAR, em sua tentativa de restringir a liberdade de prática sindical na instituição.
A criminalização da comunidade universitária é a estratégia central utilizada pela gestão da UFDPAR para intimidar e calar aqueles(as) que ousam denunciar as irregularidades, inclusive os indícios de crime de improbidade administrativa, cometidos pelo Reitor Pró-Tempore da UFDPAR. Dessa forma, repudio veementemente as tentativas de criminalização do movimento docente, discente e dos(as) técnicos(as) administrativos(as) e de coerção da prática sindical, garantida na Constituição Federal de 1988, realizada, sucessivamente, pela gestão sob suspeição do atual Reitor Pró-Tempore da UFDPAR.
Prof. Osmar Gomes de Alencar Júnior, coordenador geral da ADUFPI Regional Parnaíba
#Abaixo ao autoritarismo!
#Abaixo a práticas antidemocráticas!
#Abaixo a imoralidade e a falta de ética!
#Fora Pró-Reitor de Administração!
#Fora Reitor Pró-Tempore Interventor!