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ADUFPI reúne-se em Brasília com a Secretária da Secretaria de Educação Superior – SESU, para tratar dos casos de violências na UFPI

Em cumprimento às deliberações aprovadas pela categoria docente em assembleia geral, ocorrida no último dia 3 de fevereiro de 2023, no qual determinou-se por enviar aos ministérios da Educação, dos Direitos Humanos e das Mulheres, ofício narrando as ocorrências de violências e do triste caso de Feminicidio da estudante Janaina Bezerra no âmbito da Universidade Federal do Piauí – UFPI, a ADUFPI, nesta quinta-feira (20 de abril de 2023), reuniu-se em Brasília com a Secretária Denise Pires de Carvalho (SESU) para tratar destes fatos.

A despeito da matéria veiculada na UFPI, no dia 20/04/2023), a audiência foi convocada pela SESU, tendo como agente provocador da ação, a ADUFPI, que, ao ser notificada, estabeleceu contato com o deputado Federal Merlong Solano para participar da audiência. Assim, estiveram presentes na reunião, a Presidenta do Sindicato, Profa. Marli Clementino, o Vice-presidente, Prof. Alexandre Medeiros, o Deputado Merlong Solano e a associada da ADUFPI e pesquisadora da temática, Profa. Bárbara Johas. Em formato de acareação, para fins de prestação de esclarecimentos, a SESU notificou a representação da Administração Superior da UFPI para se fazer presente, estando, portanto, representada por seu Reitor e pelo Pró-Reitor de Planejamento.

Em razão da importância do encontro e da gravidade dos assuntos tratados, a ADUFPI entregou ao MEC dossiê que evidencia a cronologia dos atos de violências vivenciadas no âmbito da UFPI, contextualizando assim as denúncias, as omissões e, infelizmente, as notícias veiculadas sobre o assassinato da aluna Janaína Bezerra. No transcorrer da audiência, a Profa. Bárbara relatou a questão do feminicídio e solicitou que as autoridades responsáveis, a nível de UFPI que explicassem as atitudes que estão sendo tomadas, bem como estivessem alerta para com os desdobramentos das investigações em curso. Já o âmbito do SESU/MEC, foi ressaltado a importância do acompanhamento vigilante sobre os resultados das ações, de modo que tais crimes nunca mais aconteçam no interior das IES.

 

Dando prosseguimento, a Profa. Marli Clementino ressaltou que os cortes e a violência urbana não podem servir de instrumento para normalizar casos que envolvam assassinatos no interior das universidades brasileiras. Para a presidenta da ADUFPI, a UFPI precisa de ações contundentes que previnam, ao tempo que punam com severidade atitudes criminosas. Nesse momento da audiência, foi posto em forma de lamento as atitudes que a UFPI vem tomando em relação ao assassinato, como a formação de comissões de sindicâncias e de aprimoramento dos protocolos de segurança e de combate aos assédios e importunações serem construídos sem qualquer sensibilidade com a paridade de gênero e, no caso da comissão para pensar a política de segurança, algo constituído apenas por homens e vinculados à Administração Superior.

 

É de se lamentar, portanto, que até mesmo em casos que envolvam interesses direto das mulheres, sejamos nós preteridas da política de construção das ações de enfrentamento à opressões de raça e gênero que ocorrem no interior da UFPI. Sobre este grave assunto, a Secretária do SESU, professora Denise Pires, reiterou a importância das questões ali tratadas, do respeito às diferenças de gênero e da urgente e necessária recomposição orçamentária das Universidades Públicas, apontando para a necessidade de gestores comprometidos com os anseios da comunidade acadêmica.

Confira abaixo, o ofício de convocação da SESU