Em Assembleia Geral com a categoria ocorrida na tarde desta sexta-feira, 18 de março de 2022, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí – ADUFPI, aprovou por ampla maioria de votos o indicativo de greve previsto para o próximo dia 23 de março deste ano em razão da reposição salarial emergencial das servidoras e servidores públicos.
A categoria reivindica a reposição das perdas salariais acumuladas de 2020 a 2021, ao qual soma-se 19,99% de inflação. Sem reajuste desde 2017 e com perdas salariais desde 2011, as servidoras e os servidores acumulam uma defasagem nos salários de pelo menos 49,28%. Essas tratativas acontecem desde o início do ano, já no mês de janeiro quando servidoras e servidores públicos federais protocolaram no Ministério da Economia um documento com diversas reivindicações para o Governo Federal, incluindo o reajuste emergencial de 19,99% para todas as categorias.
O Vice Presidente da ADUFPI, Professor Alexandre Medeiros destaca que “ o que apreciamos hoje em assembleia junto à categoria docente foi a aprovação do indicativo de greve das servidoras e servidores públicos federais. A partir disso, na segunda-feira, dia 21 de março, teremos uma reunião dos setores do ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, no qual este resultado será apresentado e discutido.
Entenda as reivindicações
Com os salários congelados desde 2017 e perdas salariais de mais de 10% somente em 2021, os SPF acumulam uma defasagem de 49,28% em seus vencimentos. A demanda acordada, entretanto, é lutar por 19,99% de recomposição – referentes aos índices inflacionários do governo Bolsonaro.
Apesar de alegar falta de recursos e contexto pandêmico, ainda em 2021 o governo reservou R$ 1,7 bilhões para reajuste salarial de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários. Os fins eleitoreiros da medida, fortalecendo sua base, são evidentes. Para as demais categorias, entretanto, Bolsonaro pediu “compreensão”.
A pauta nacional de reivindicações dos SPF foi protocolada pelo Fonasefe no dia 18 de janeiro, no Ministério da Economia. Desde então, são mais de 60 dias de silêncio. O escalonamento das manifestações de indicativo de greve são a forma dos servidores pressionarem o governo para negociação.