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ADUFPI APOIA E FORTALECE A GREVE DAS/DOS SERVIDORES (AS) EM SAÚDE, ENFERMEIROS E TÉCNICOS (AS) DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM TERESINA

Servidoras e servidores públicos dos serviços em saúde do Hospital Universitário de Teresina – HU, enfermeiros, técnicos (as) de enfermagem e médicos estão em greve por tempo indeterminado desde a manhã desta quarta-feira (21) em razão do cumprimento da celebração do Acordo coletivo de trabalho de 2022, com reajuste salarial, manutenção da base de cálculo da insalubridade e demais direitos, especialmente, no que tange às cláusulas sociais.

Durante a manhã desta quinta-feira (22), a ADUFPI compareceu ao hospital universitário para apoiar e fortalecer o movimento paredista. As categorias paralisaram suas atividades e realizaram atos públicos em frente ao hospital, na zona leste da cidade. Em entrevista à ASCOM ADUFPI, o servidor público Miguel Viana, membro do comando de greve do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Piauí – SINSEP, destaca que:

“Reivindicamos já faz 3 anos a assinatura de um acordo coletivo de trabalho que está parado desde 2019 e que, inclusive, já foi judicializado pela EBSERH que se mantém irredutível no que se refere a retirada de nossos direitos. Estamos sem nenhuma negociação com a empresa e todas as propostas feitas pela mesma vão no sentido de retirar nossos direitos ”.

As entidades explicam que todos os hospitais ligados à EBSERH estão parados desde ontem (21). O movimento grevista foi judicializado, porém, a Justiça entendeu que greve das categorias é legítima. As entidades irão continuar a mobilização mesmo com os limites impostos legalmente pelas autoridades. Na manhã de ontem (21), ocorreu no centro da cidade um ato público que reuniu mais de 8 mil grevistas.

“Não estamos tendo consulta esses dias, pois, os médicos também estão grevando conosco. O que foi determinado pela justiça é que sejam cumpridos os percentuais de 50% no setor administrativo e de 60% no setor assistencial. Vale destacar que esses percentuais já são cumpridos por nós”. Reforça Miguel Viana.

Erick Riccely Pereira, Presidente do SENATEPI de , destaca que as negociações estão ocorrendo de forma cruel e arbitrária para com os/as trabalhadores (as):

“A CNTS, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, que representa nosso sindicato, tem assento na mesa de negociação, junto com outras entidades de representação nacional. Desde 2020, estamos em negociação. Porém, frustradas. A empresa desde 2020, de forma arbitrária e cruel, não permite o avanço nas negociações. Com o Acordo Coletivo deste ano, não está sendo diferente. Insistem na retirada de direitos, como a retirada de insalubridade e o não pagamento do reajuste salarial. Diante do fracasso das negociações, no último dia 16 de setembro de 2022, a categoria de enfermagem lotada no HU-UFPI deliberou por greve, como última alternativa para avançar nas negociações”.

Já o servidor Francisco Santana, Diretor do SINSEP, pontua que:

“Tivemos uma forte adesão das trabalhadoras e trabalhadores em saúde. Começamos forte, e acima de tudo, queremos resolver a questão, no entanto, a EBSERH está intransigente e não aceita negociar com os servidores. São 1.200 trabalhadores vinculados à empresa, sendo que 700 deles irão aderir ao movimento paredista pela reivindicação de nossos direitos”

A ADUFPI, representada por sua presidenta, Professora Marli Clementino, pela Diretora de Relações Sindicais, Professora Carmem Lima e do Vice Presidente, Professor Alexandre Medeiros, compareceram à atividade realizada no estacionamento do HU e destacaram que “ foi a atuação dos profissionais de saúde durante a pandemia, em um momento de grandes incertezas, que garantiram que o país pudesse continuar a combater à Covid-19 e salvar inúmeras vidas em favor da ciência. Estamos caminhando rumo a um passo muito importante na história de nossa democracia e, portanto, enquanto conjunto de servidoras e servidores públicos devemos unificar nossas lutas para que possamos derrotar e frear todos os ataques desferidos pelo Governo Federal contra os serviços públicos no Brasil”.

Entenda o que funciona e o que irá permanecer paralisado durante a Greve

 

Quais serviços funcionam no HU durante a greve?

  • Cirurgias de urgência
  • Internação 
  • UTI
  • Serviços de emergência 
  • Tratamento de câncer

 

Quais serviços irão permanecer paralisado?

  • Serviço ambulatório
  • Cirurgias eletivas 
  • Consultas 
  • Exames eletivos