No dia 27 de junho de 2024, em assembleia ocorrida em todos os campi (Teresina, Picos, Floriano e Bom Jesus) com a categoria docente, a Diretoria da ADUFPI deliberou coletivamente pela saída da greve. As datas de retorno das atividades acadêmicas foram definidas da seguinte forma: em Teresina e Picos para o dia 03/07 e em Floriano e Bom Jesus para o dia 01/07. O retorno com datas diferentes está relacionado às especificidades de cada campus.
A diretoria da ADUFPI irá informar a administração superior da decisão e solicitará reunião junto à reitoria, pró-reitoria de graduação e pós-graduação para tratar da questão do calendário acadêmico com a urgência que a matéria requer, levando em consideração as especificidades dos campi fora de sede.
Ao longo da greve, a ADUFPI exerceu um papel importante na defesa de uma universidade pública de qualidade e socialmente referenciada. Nossa greve esteve vinculada ao movimento paredista nacional empreendido pelo ANDES-SN, bem como articulada com outros setores da educação, como a FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e o SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
O movimento grevista nasceu do descontentamento da categoria docente com relação às propostas apresentadas pelo governo federal tanto com relação à recomposição salarial quanto em relação a outras pautas não econômicas, tais como: recomposição orçamentária das universidades, revogação do novo ensino médio, entre outras reivindicações. A construção coletiva da greve, a adesão progressiva de várias universidades e institutos federais pelo país demonstraram a força da categoria, bem como produziram um importante resultado pedagógico na ampliação da formação sindical e consolidação de nossas lutas.
Durante o movimento paredista, muitas negociações foram feitas, e nosso movimento produziu importantes conquistas:
Recomposição parcial do orçamento das instituições federais;
- Conquista de 5600 bolsas permanência para estudantes indígenas e quilombola;
- Implementação do reajuste de benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche);
- Início da Mesa Setorial Permanente de Negociação do MEC;
- Elevação do reajuste linear oferecido até 2026 de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026;
- Elevação de steps de 4,0% para 5,0% até 2026 (com exceção de Adjunto/DI e DIII-I, que passa de 5% para 6% até 2026);
- Elevação do valor salarial para ingressantes na carreira docente (MS e EBTT);
- Proposta de revisão da IN nº 66/2022;
- Revogação da Portaria nº 983/2020;
- Isonomia entre docentes da carreira EBTT e do Magistério Superior, no que tange ao controle de frequência, com a alteração do decreto nº 1590/1996;
- Suspensão de recursos judiciais pelo MEC frente à decisão que conferiram o RSC para aposentados(as);
- Retomada da participação de entidades sindicais no Conselho Permanente de RSC.
Vale ressaltar que no âmbito da UFPI, o período do movimento paredista contribuiu, entre outras coisas, para o debate e elaboração de um conjunto de pautas locais que serão agora tema das ações da diretoria da ADUFPI junto à administração superior, com o objetivo de atender os anseios e necessidades da categoria docente.
Com o fim da greve dos docentes da UFPI, as atividades retornam no campus de Teresina e Picos no dia 03 de julho e em Floriano e Bom Jesus no dia 01 de julho. Ressaltamos que a diretoria da ADUFPI informará formalmente à administração superior, bem como solicitará o reajuste do calendário acadêmico contemplando as especificidades dos campi que compõem a UFPI.
Diretoria da ADUFPI