Nos dias da paralisações nacionais promovidas nos dias 7 e 8 de novembro, a ADUFPI realizou uma Assembleia Geral Comunitária aberta à comunidade ufpiana para discutir as reivindicações das servidoras e servidores públicos federais, e ouvir as demandas dos técnicos e estudantes da UFPI. A mesa do evento foi composta pela presidenta da ADUFPI, professora Marli Clementino, o vice-presidente da ADUFPI, professor Alexandre Medeiros, a representante do DCE, Thays Dias, representantes do SINTUFPI, Líbia Mafra e Bartolomeu Almeida, além da ADCESP, representada pela professora Lucineide Barros.
A atividade aconteceu das 9h às 11h30 e contemplou falas de docentes, discentes e técnicos, que aproveitaram para expor suas demandas e reivindicações relacionadas à UFPI e às movimentações nacionais relacionadas à educação e à recomposição salarial. Ao fim da sessão, foram deliberados 25 encaminhamentos, que foram, posteriormente, apresentados à administração superior da UFPI, objetivando pressionar a universidade a buscar melhores condições de trabalho e ensino, bem como mais segurança, entre outras demandas.
Em sua fala, a presidente da ADUFPI, Marli Clementino, ressaltou que, devido à onda de precarização dos serviços públicos e ao acúmulo inflacionário, a carreira docente não é mais atrativa. Os docentes de universidades federais recebem pouco para a qualificação que possuem, têm que trabalhar em más condições e cada vez com mais cobranças no ensino, pesquisa e extensão. Tem profissionais qualificados que pensam duas vezes antes de enveredar por uma carreira docente diante desse cenário que temos hoje, afirmou Marli.
O vice-presidente da ADUFPI, Alexandre Medeiros, reforçou as colocações e acrescentou que ainda há lutas a serem feitas no interior das universidades, sobretudo na UFPI, pois muitas instituições ainda estão sob intervenção, e esta discussão, por mais dura que seja, precisa ser feita diante do princípio da autonomia das universidades.