12 de Agosto - 20 anos da Marcha das Margaridas
A marcha acontece anualmente no dia 12 de agosto, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Você conhece a Marcha das Margaridas? Caso não conheça, a marcha é uma ação que acontece anualmente em Brasília no dia 12 de agosto, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). A data marca a data do dia da morte Margarida Alves,trabalhadora rural e líder sindicalista, assassinada em 1983 quando lutava pelos direitos dos trabalhadores na Paraíba.
A Marcha das Margaridas tem como objetivo reivindicar os direitos das mulheres e promover a visibilidade das mulheres do campo, da flores e das águas. Este ano, tem como tema ‘’ Da luta eu não fujo’’. Os 20 anos da Marcha das Margaridas, no entanto, será marcado por um ato comemorativo virtual. Margarida foi morta por denunciar abusos e desrespeito aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais, a dirigente sindical pagou com a vida, mas como tantos outros lutadores, virou semente. Assim, desde o ano 2000, a cada quatro anos, milhares de mulheres do campo, da floresta e das comunidades ribeirinhas tomam as ruas de Brasília para continuar essa luta.
Um ato que surgiu no ano 2000 através da inspiração de Margarida Maria Alves e perdura até hoje, é o mais forte sinal de florescimento de uma luta que ainda irá durar por muitos sem cair no esquecimento. Margarida está mais viva do que nunca e é uma liderança, uma memória viva que semeia força e inspiração onde quer que seja lembrada. Mulher destemida que defendia os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Que muitas Margaridas estejam por vir, que suas vidas e trajetórias sejam respeitadas e devidamente reconhecidas. E que os ensinamentos de Margarida jamais sejam esquecidos.
No ano passado (2019), a marcha reuniu mais de 100 mil mulheres na capital federal, momento em que todas as mulheres do campo presentes ressaltaram a situação em que o Brasil está mergulhado, com um governo que não se preocupa com a saúde da nossa sociedade, que nega os direitos da classe trabalhadora, machista, racista e negacionista.
A ADUFPI, deseja que essa data seja lembrada como um marco para a luta de todas as trabalhadoras do campo, que suas respectivas trajetórias de vida e seus direitos sejam fortemente defendidos, para que tantas outras Margaridas não tenham que perder suas vidas para terem suas liberdades garantidas. Nos inspirando naquilo que ela sempre pontuou, que é melhor morrer na luta que morrer de fome. Seguiremos em marcha até que todas nós sejamos livres.
Foto: Google